Beijos e mais beijos
Não existe nada mais desagradável do que conversar com alguém que tem mau hálito ou halitose e quando isso ocorre com a gente não percebemos e dificilmente irão nos avisar tamanho é o constrangimento. Neste caso a melhor solução é tentar evitar esse problema.
É claro que o mau hálito pode ter várias origens desde problemas no nariz, garganta, boca e dentes ou pode ser causado por erros no comportamento alimentar ou por má digestão (dispepsia gástrica). É sobre essas duas últimas causas que iremos conversar.
Um erro comum no comportamento alimentar que pode provocar mau hálito é ficar longos períodos sem se alimentar exigindo que o corpo produza glicose (energia para manter a vida) utilizando as reservas das gordura ou dos músculos. Quando isso acontece o resultado final é a produção de corpos cetônicos com a liberação de um gás sulforado volátil (gás sulforado significa gás com enxofre, imagine o cheiro!) O ideal é comer a cada três horas para evitar a produção desses corpos cetônicos.
Outro erro comum é fazer refeições com mais carnes e um pouco de gordura e não comer carboidrato (geralmente as pessoas fazem isso pensando em emagrecer) e assim o corpo irá utilizar as proteínas da carne e a gordura para conseguir glicose e novamente ira produzir corpos cetônicos.
Beber pouca água dificulta a produção de saliva e sem uma perfeita salivação ocorre o mau hálito. A saliva é muito importante na pré digestão dos alimentos durante a mastigação e para remover as bactérias existentes na boca. Beber água durante todo o dia pode garantir um hálito agradável. Alimentos ricos em fibras como frutas e vegetais crus são excelentes para estimular a salivação, além disso as fibras carregam as bactérias da boca para o estômago onde serão destruídas pelo ácido gástrico.
Mastigar bem os alimentos exerce papel importante no controle da halitose. Quando os alimentos são engolidos em pedaços o estomago tem que produzir mais suco gástrico para “dissolve-los”e assim há maior produção de gazes que irão causar mau hálito. Quando isto ocorre com carnes ocorre a produção de um odor conhecido como caverina (esse nome é devido ao odor de cadáver que exala). Quanto maior a mastigação melhor a digestão e menor será a exalação de mau hálito.
Alguns alimentos exalam cheiros durante a digestão que podem interferir no hálito. Por exemplo o leite ou bebidas lácteas que na presença de processos inflamatórios exala odor desagradável causando uma halitose temporária. Procure fazer uma boa higiene bucal.
Outro exemplo são as crucíferas – alimentos ricos em enxofre da família do repolho, couve de bruxelas, brocolis, pimentão, nabo e outros como alho e cebola liberam gazes voláteis e com odor característico . O ideal seria consumir esses alimentos junto com temperos e ervas que contrapõem-se a esses gases e diminuem a halitose.
Para garantir um bom hálito, além das sugestões acima, procure mastigar cravo que tem propriedades bactericída, enxague a boca várias vezes ao dia com chá de canela em rama (ramas lavadas e fervidas por 10 minutos), mastigue gengibre crú ou utilize o ralado nas refeições ou faça chás para bochecho e consuma salsa crua junto com outros alimentos, ela tem ação anti-inflamatória.
Edina Aparecida Tramarin Trovões
Nutricionista- CRN 3- 1579
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Matéria publicada inicialmente: Revista City Penha