A depressão em pessoas mais velhas é um dos problemas de saúde pública a ser enfrentado no Brasil e no mundo e há vários estudos tentando compreender, prevenir e tratar essa doença.
A probabilidade de desenvolve-la depois dos 50 anos é maior em pessoas com quadros de depressão anterior, mesmo que não tenham sido diagnosticados. Para a psicóloga clínica Mara Barella os sintomas de depressão vem em um processo crescente, porém algumas pessoas estão tão ocupadas com filhos e trabalho que não os reconhece e vai “tocando a vida”. Cumprido esse papel social ela terá mais contato com seus sentimentos e a depressão pode se manifestar.
Na mulher a diminuição dos hormônios femininos levam à alteração no humor, tristeza, angústia, crises de choro, irritabilidade, mas esses sintomas isoladamente não significam que a mulher está deprimida.
O que leva à um quadro de depressão são vários fatores associados e as questões psicossociais como as mudanças que ocorrem na família, o sentimento de perda do papel reprodutivo, as sensações provocadas pela alterações na feminilidade como redução da libido, secura vaginal, quando não são bem elaboradoras representam fatores de risco importantes para o desenvolvimento da depressão feminina após os 50 anos.
Em nossa cultura, um dos agravantes para o homem é o fato de não se envolver em outras tarefas como as domésticas e a aposentadoria pode trazer um sentimento de ociosidade perigoso. A aposentadoria não pode significar o final da vida produtiva, é preciso incluir em suas vidas outras atividades,
Um outro agravante cultural é que o “idoso é querido mas não é valorizado”, aos poucos as pessoas mais velhas vão perdendo a voz dentro das famílias e no meio social. Vão se aquietando e se isolando na realidade das famílias e sua rotina massacrante, não há tempo para diálogos.
Ficar mais velho também significa ter que aprender a lidar com as perdas acumuladas durantes os anos. Algumas pessoas importantes – pais, filhos, companheiro(a), amigos 🙁 Exige uma elaboração constante do luto e um reaprender a viver em cada um deles.
Foto: Pexels
Envelhecer não é sinônimo de adoecer, porém o processo de envelhecimento exige a mudança de hábitos de vida e comportamento. Mais que nunca é necessário atentar-se aos cuidados com o corpo físico, mental e espiritual.
É fundamental procurar atividades que deem prazer e que estimulem mentalmente, reinventar e reescrever a própria história, melhorar a vida social, resgatar velhas e fazer novas amizades, participar de grupos e/ou comunidades, procurar atividades como serviços voluntários, ser mais tolerante consigo mesmo, procurar o autoconhecimento e a autoestima (se necessário com ajuda profissional), manter rotina de acompanhamento médico em todas as especialidades que se fizerem necessárias.
A atividade física é fundamental – previne osteoporose, melhora o humor e a memória e tem sido considerada um dos fatores importantes para reduzir os níveis de ansiedade e depressão em qualquer idade.
Foto: Pexels
E para finalizar quero convidar a vocês para cantar comigo a canção de Ivan Lins – Novo Tempo.
Inspire, expire, cante sentindo e interiorizando suas palavras e as transformando em ação.
No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança
No novo tempo, apesar dos castigos
De toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
De todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça
Foto de capa: Pexels
Música Ivan Lins
Se quiser pesquisar mais: ABRATA Drauzio Varella
10 comentários
é dificil aceitar esta fase, muito dificil
Boa noite Alexandre!
Sabemos como é difícil essa fase. Mas com tratamento e cuidado é possível conviver bem com ela.
Abraços
Olá estou cm 52 anos,, tenho depressão uso medicações,a 8 anos,ago ag piorou muito pois estou na menopausa estou me sentindo muinto mau ,uma vontade de sair correndo,sair de dentro de mim,, minha ginecologista passou remédio , fitoterápicos e psiquiatra alimentou a dose do meu remédio mas e disisperador trabalho de diarista e está sendo bm difícil para mim
Sabemos o quanto é difícil lidar com a depressão, Vanda. Mas sabe ao menos você procura ajuda. Está assistida pelos médicos ginecologista e psiquiatra. Você não consegue fazer também um acompanhamento com psicóloga? Ajuda muito também. Fique sempre em contato. Participe da nossa página do facebook e no Instagran. Um abração cheio de carinho para vc!!
Só não me matei ainda graças aos medicamentos
Bruno, fico sinceramente feliz em saber que você enfrenta a depressão e batalha pela vida. Apareça sempre por aqui! Abração e muita luz em sua vida!!
Tristeza sem fim.
Sinto muito Isa que esteja em uma fase difícil da sua vida. Preste atenção nos seus sentimentos e procure ajuda sempre que necessário. Estamos por aqui 🙂
O envelhecimento sem qualidade de vida é frustrante! Se não fosse Deus na minha vida, creio que não conseguiria.
Muita tristeza! Não existe nada bom na depressão. É uma doença que nenhuma pessoa deveria ter que enfrentar
Betania, sabemos como é difícil e por esta razão estamos por aqui. Participe conosco do blog. Dê opiniões, idéias. Gratidão por sua participação!