Transformações no Corpo Feminino pós Menopausa

por Mª Aparecida Costa

Não é fácil para a nossa auto estima lidar com as transformações do corpo após a menopausa… é muito chato acompanhar a mudança do contorno da “cinturinha de pilão para cinturinha de ovo” 🙂

Há alguns anos atrás, ao me aproximar do trabalho notei uma colega que, ao longe caminhava para o mesmo destino. Enquanto me apressava para alcançá-la, observei mudanças profundas no formato do seu corpo. O uso constante do jaleco branco e a minha pouca sensibilidade para essa questão na época, impediram que eu observasse que minha amiga, alguns anos mais velha que eu, mudava gradualmente a sua aparência corporal. Deparar com a visão do seu corpo arredondado e com as pernas desproporcionalmente mais finas causou um impacto grande naquele momento porque me fez perceber que eu também me aproximava desta realidade.

Em post anterior O que precisamos saber sobre  Climatério e Menopausa? falamos sobre as alterações que  a menopausa provoca na mulher. Depois vá lá dar uma olhada para pegar mais algumas dicas sobre o assunto, mas agora vamos focar nas mudanças do corpo?

As vezes me sinto em uma luta insana contra a natureza,  sonho em colocar um vestido floral cinturado … e que as pessoas vejam o contorno da minha cintura, principalmente de costas, mas não é o que vejo no espelho… Maria, 58 anos

 

Pois é… as alterações pós menopausa são fisiológicas, ou seja, naturais e saudáveis, porém contribuirão para o acúmulo de gordura e perda de massa muscular, principalmente em mulheres que “gostam de um bom prato” e não praticam atividade física. A tendência é que as gordurinhas se acumulem nos quadris, coxas e abdômem e por essa razão vamos ganhando essa silhueta mais arredondada.

Para Tania Dionisio, psicóloga, é importante:

Compreender as mudanças na menopausa, valorizando outros aspectos da vida e do corpo, procurando ficar de bem consigo mesma, cuidando, se acarinhando, mas sem permitir que a perda do corpo jovem e esguio traga frustação e desânimo.

E dai vem algumas dicas:

Aceite-se

Despoje-se da idéia de que só existe beleza no corpo jovem. Valorize o belo em você, perceba o encanto da velhice. A beleza trancende o físico. Há muito de belo nas linhas de expressão, no delinear das rugas, na pele bem cuidada e nos cabelos brancos brilhantes.

Pratique atividades fisicas

Não fique em casa “cultivando” mal humor. O exercício físico, principalmente os de longa duração como a caminhada, ajudam a manter os níveis de  bem estar. Melhoram o humor, ajudam no combate à depressão, previnem a osteoporose e problemas cardíacos, além de queimar calorias 🙂 Caminhe pelo menos 30 minutos todos os dias.

Reveja seus hábitos alimentares

Depois dos 50 anos uma folha de alface tem a mesma caloria que um hamburguer? Mito ou verdade? Mito!! Mas é verdade que comer um hamburguer aos 15 é muito diferente!! Com as alterações físicas na menopausa precisamos rever nossa alimentação, ingerindo menos calorias. Quer saber mais sobre Cuidados com a Alimentação Depois dos 50 temos umas dicas bem legais da nutricionista Natália Teixeira. Anote e vá lá pesquisar. Vale a pena!!

Faça acompanhamento médico

Acredita que essa semana conheci uma mulher de 60 anos que ainda defende aquela idéia antiga de que ir ao médico é procurar doenças? Ainda não abriu a mente para a importância da prevenção. Mas você não pode ser assim. Seja amiga do seu médico ginecologista. Visite-o pelo menos uma vez ao ano e siga as suas orientações, realizando os exames e tratamentos mais adequados para você.

Faça pequenos (ou grandes) reparos

A tecnologia a serviço da beleza e jovialidade fica cada dia mais moderna e não há mal nenhum nisso. Pelo contrário!! Que possamos fazer uso dessa tecnologia realizando pequenos ou grandes reparos, quando possível. Há vários tratamentos para pele, infintos procedimentos e cirurgias plásticas que resolverão alguns problemas e que ajudarão (e muito) em nossa auto estima. A questão é fazer com cuidado e responsabilidade  sem perder a noção da realidade maravilhosa que é ter o privilégio de estar vivo e consequentemente envelhecendo.

                                    Tânia Regina Felipe Dionisio é Psicóloga, especialista em Psicologia Clínica e

Gestão de Serviços de Saúde.

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Abril

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