Amor Depois dos 50

por Mª Aparecida Costa
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Não há receita infalível para o amor. Também não há idade para que o amor possa acontecer.

Pensar em amor após os 50 anos me faz lembrar uma senhora,  que aos 75 anos procura em um serviço de saúde alguém com quem possa falar de amor.

Vaidosa, maquiada e bem vestida queria falar sobre como precisava caprichar em seu visual para sentir-se bonita. Queria falar de amor, paixão, fantasias e de possibilidades de viver tudo isso depois que ficou viúva.

Seu depoimento faz pensar que alma não tem idade e que portanto, sentimentos de amor e desejos perpassam os 50 anos.

Mas como nós, cinquentões e sessentões (ou mais) vivemos o amor? O que pensamos sobre o assunto? O que falamos sobre isso? Ainda temos a visão romântica dos anos de adolescência e juventude?

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Foto: Vinoth Chandar

É claro que não existe uma receita para se viver um amor intenso, sincero e feliz, até porque não existe uma regra geral que defina amor  para todas as pessoas. O conceito de amor e desejo é construído socialmente e depende dos  valores que aprendemos em nossa família e no lugar onde vivemos, ou seja, o que pensamos e o que consideramos certo ou errado é sempre muito nosso, muito individual.

Se observarmos nossos amigos e amigas vamos perceber essas diferenças: há gente casada há mais de 30 anos e satisfeita com o casamento… há gente descasada  e sozinha… há gente descasada que procura alguém… há gente que ama pessoas do mesmo sexo… há gente mais saidinha… outras mais recatadas… há gente que não está feliz, enfim… há pessoas com diferentes formas de encarar o amor e o sexo.

Como bem lembrado no trecho de música do Milton Nascimento, não há certo ou errado no amor:

… Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor vale amar…”

O mais importante e o único valor que deve ser universal é o respeito ao outro e às diferenças individuais.

É importante que cada de um nós foque na auto estima e auto cuidado, sempre… em todos os dias das nossas vidas. Aos cinquenta já temos maturidade suficiente para avaliar e fazer escolhas, com menos medo de arriscar e maior segurança para lidar com opiniões diferentes das nossas.

Com a auto estima preservada podemos arriscar um tantinho ou um tantão! Eu, por exemplo, refiz minha vida conjugal após os cinquenta anos e recomendo!

Precisamos estar atentos à fidelidade que devemos à nos mesmos. Fidelidade aos nossos pensamentos e sentimentos. Acreditar que vale a pena ser feliz e que temos infinitas possibilidade de viver depois dos 50!

Acredite!! 🙂

Maria Aparecida Costa

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2 comentários

Sonia 19.mar.2020 - 00:48

Acho o máximo, embora estou solteira, por ter medo de me expor

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Mª Aparecida Costa 19.mar.2020 - 14:48

Tudo que é novo causa temor, é natural. Mas vc não acha que é importante também arriscar um pouquinho? Sou bem capricorniana, costumo colocar um pé no sonho e o outro na terra. Pensa nisto e me diga! Beijão!

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