Em post anterior – O que precisamos saber sobre climatério e Menopausa – tocamos em assunto tão íntimo e delicado como a dificuldade de manter a lubrificação vaginal no ato sexual, após a menopausa.
A lubrificação vaginal ocorre de forma natural na maioria das mulheres durante a fase reprodutiva (da primeira à última menstruação). “Ficar molhadinha” significa muito para a mulher e seu parceiro. É visto como uma resposta positiva à provocação sexual. Representa excitação e aceitação daquele parceiro.
“ … Quando a mulher fica molhadinha significa que eu estou satisfazendo ela… ela não fica fria… não está gelada…” Antonio, 58 anos.
A lubrificação ocorre na vulva e no canal vaginal e é importante para o prazer sexual. Facilita a penetração e reduz o atrito do ato.
Quando a lubrificação é insuficiente (e isso ocorre com muitas mulheres após a menopausa), a vagina fica mais seca e pode provocar dor e desconforto durante e após o ato sexual.
“… No outro dia… a minha lembrança fica no ardor vaginal… 🙂 ” A gente pode até brincar com isso, mas essa situação inibe a mulher e pode causar sensação de desmerecimento e incompletude… e isso não vai facilitar em nada.
É preciso encarar os fatos, reconhecer-se como uma mulher em outra fase da vida – menopausa – e poder usar criatividade, segurança e maturidade para ser feliz.
Uma das formas de melhorar esse processo, sem dúvida é conversar com seu parceiro. Desmistificar todas as crenças anteriores como “ficar molhadinha” é sinônimo de “estar a fim”. Na menopausa, a mulher pode estar a fim e não estar molhadinha, mas para isso precisamos primeiro aceitar com bom humor essa nova fase da vida.
As “rapidinhas” de antigamente não podem ser tão rapidinhas agora. É preciso capricho nas preliminares. Você está com pressa de que? Brinque muito… toque… permita-se tocar.
Mas… além de criatividade e imaginação existe no mercado algumas marcas de Gel Lubrificante Íntimo que deve ser colocado no momento da relação sexual. À base de água, não provoca alergias e pode ser uma alternativa interessante para minimizar a dificuldade com a secura vaginal. “…é a mesma coisa de quando a mulher fica molhadinha…” – Antonio.
Muitas mulheres não conhecem esse produto. Pode não estar disponível em cidades menores. As mulheres aprendem a superar o incômodo na relação sexual e convivem com o desprazer da dor durante anos.
Porém, o desconhecimento é apenas o primeiro obstáculo para a mulher. Quando superado, ela precisa enfrentar mais um que é conversar francamente com o parceiro sobre o uso do gel.
Conheço mulheres que iniciam o uso sem falar com o parceiro. Disfarçam na hora de colocar. Não importa… o importante é ir quebrando as barreiras.
Embora tenhamos participado de todo o movimento de libertação dos anos 60 ainda somos uma geração em que o sexo foi cercado de preconceitos. Falar sobre isso é difícil para muitas mulheres com mais de 50 anos.
Conversar com o parceiro exige superação. É preciso trabalhar a autoestima. Nós, mulheres, precisamos estar empoderadas e acreditar na naturalidade da vida e do sexo após a menopausa.
Há outros produtos, à base de hormonios que melhoram o tecido e a lubrificação vaginal, porém para utilizá-los você deve consultar um médico.
É preciso divulgar entre nossas amigas, vizinhas, colegas de trabalho. Precisamos ampliar nossa comunicação sobre isso. Vai melhorar a vida sexual para muitas mulheres.
Você me ajuda nessa campanha?
Para saber mais:
2 comentários
Adorei muitoooo interessante
Olá Marta! Que bom que você gostou!! Beijos!