Quando os filhos querem independência

por Mª Aparecida Costa
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…Amar é ter um pássaro pousado no dedo!
Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar!…”  Rubem Alves

Devem existir filhos desencanados e pais mais resolvidos, porém nesse mundo de visões tão plurais vejo muitas mães funcionando meio no automático com a saída dos filhos, sem ter muita consciência de suas reações.

Podemos elencar várias razões para sentirmos tanto a falta do filho quando ele se muda: saudades, o vazio que fica em casa, o silêncio… até das pequenas malcriações sentimos falta 🙂

É claro que tudo isso é real. Os sentimentos são legítimos e precisam ser elaborados. Precisamos aprender a lidar com a saudade. Saudade é um sentimento lindo! Um sentimento de amor!

E  quando o coração vai se aquietando e se acostumando com essa saudade, outros sentimentos vão aparecendo e precisamos prestar atenção neles, de forma a compreendê-los e poder organizar a inquietude que está dentro de nós!

Meu bebê cresceu? Está pronto para enfrentar todos os desafios do mundo lá fora? Lá fora está muito perigoso (e esta mesmo). Será que ele(a) consegue se defender?

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Lembro-me da infância das meninas, quando começavam a demostrar independência diante de alguns cuidados maternos. Diziam “… G…  conxegue…” quando queriam tomar banho sozinhas… ou algo assim. É claro que no início os pais titubeiam um pouco em delegar tamanha responsabilidade: conseguiriam lavar os próprios cabelos tão bem como nós lavávamos?

Provavelmente não! No início haverá restinhos de shampoo nas lindas madeixas, mas com o tempo e o exercício aprenderão a lavar os cabelos da mesma forma que aprenderão a cuidar de outros aspectos da própria vida.

E os pais precisam confiar! Precisamos exercitar sentimentos como confiança!

Amar é permitir o voo! Apoiar as asas!  Exercitar as perninhas! O bebê cresceu e não está mais indefeso! E aprenderá a cuidar das próprias coisas como um dia nós também aprendemos!

Space Blog – Meu filho cresceu, só hoje me dei conta disso!

Rubens Alves – Quando os filhos voam

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